Especialistas procuram explicar ao JN causas para um comportamento que é antinatural.
A morte, mesmo quando deriva da idade, de doença ou de acidente, parece sempre precoce, atroz e sobretudo injusta. A morte de um filho multiplica até ao infinito este sentimento de injustiça. E cobre-se, para os progenitores, de um trauma dificilmente superável.
Além disso, há a tendência para pensar que o normal será os pais morrerem antes dos filhos. Velhos e depois de lhes terem assegurado o futuro. Esta concepção, parecendo da mais elementar dignidade, é, no entanto, uma ideia recente, que tende a ignorar os séculos de História durante os quais o infanticídio não só não era condenado nem criminalizado, como não raras vezes servia de regulação da sociedade. Era assim no Império Romano, onde a morte dos descendentes era aceite para equilibrar a escassez de alimentos; era assim na Grécia Antiga. E também valia matar impunemente se a criança fosse imperfeita ou considerada uma afronta para o pai. Esses comportamentos demonstravam, de resto, que o homem, sendo o único ser vivo racional, é capaz de atrocidades que nem os bichos ousam - um animal só mata a cria se não a reconhecer como sua.
Só no século IV, com o Cristianismo, o infanticídio passou a ser pecado. E, desde então, a sociedade não cessou de evoluir, com legislação e convenções sobre os direitos das crianças.
Assim sendo, à luz de que teoria pode explicar-se que o infanticídio não tenha sido erradicado do comportamento humano, sobretudo nas sociedades civilizadas? Em Portugal, onde os casos se têm somado nos últimos anos, um pai voltou a matar um filho. Tinha cinco meses.
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Há 14 anos
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ResponderEliminarEstas atitudes dos pais são terríveis! Temos que proteger as crianças e lutar pelos seus direitos.
ResponderEliminarParabéns continuem assim empenhadas :)
fehhhhhhhhhh
ResponderEliminartem fome esao canibais
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